Durante sessão na Câmara Municipal de Alta Floresta, a
vereadora Leonice Klaus dos Santos fez um pronunciamento contundente sobre a situação
dos lençóis utilizados no Pronto Atendimento Municipal (PAM). A parlamentar
relatou uma visita realizada à unidade ao lado dos vereadores Naldo e Chicão,
com o objetivo de apurar denúncias sobre as condições de higiene dos materiais
usados nos leitos.
Leonice destacou que, embora tenha precisado se
ausentar por uma emergência particular, seus colegas de Câmara permaneceram na
unidade e constataram um problema grave: lençóis recém-entregues estavam em
péssimo estado. “De um fardo com 140 lençóis que havia acabado de chegar, 91
estavam com problemas. Apenas 58 estavam em condição de uso”, informou a
vereadora, com base no relato dos vereadores que acompanharam toda a vistoria.
A preocupação da parlamentar se intensifica pelo fato
de já ter destinado, por meio de emenda impositiva, R$ 48 mil para a área da
saúde, dos quais R$ 30 mil foram específicos para a compra de lençóis, forros
de cama e roupas para enfermeiras. O restante do valor seria destinado à
aquisição de cadeiras, ar-condicionado e outros equipamentos. “Esses recursos
já estão na Secretaria de Saúde, liberados pela prefeitura”, reforçou Leonice,
questionando o motivo de ainda haver problemas na oferta desses itens básicos.
A denúncia ganha ainda mais gravidade com os relatos
recebidos pela vereadora. “Recebi reclamações de pacientes que desenvolveram
bactérias por usar os mesmos lençóis que outros haviam usado anteriormente”,
afirmou. Segundo ela, há denúncias de que lençóis sujos estavam sendo
reutilizados entre pacientes, sem a devida troca ou higienização, colocando em
risco a saúde dos usuários da rede pública.
A empresa responsável pela locação dos lençóis também
foi alvo de críticas. “Que empresa é essa que aluga esses materiais? Está sendo
bem avaliada no município?”, questionou Leonice, lembrando que as denúncias
chegaram acompanhadas de fotos que comprovam o estado dos lençóis.
“Não aceitamos esse tipo de descaso com a saúde
pública”, declarou a vereadora, cobrando providências imediatas da Secretaria
de Saúde e maior fiscalização sobre os contratos firmados com empresas
terceirizadas. Para ela, a população não pode continuar sendo exposta a riscos
evitáveis, principalmente quando há recursos disponíveis para garantir o mínimo
de dignidade no atendimento.