 
                        
                                                    Durante pronunciamento recente, o vereador Naldo da
Pista, de Alta Floresta, fez duras críticas à concessionária de energia Energisa,
especialmente quanto à precariedade dos serviços prestados na zona rural do
município. A cobrança foi motivada por sucessivas quedas de energia, prejuízos
enfrentados por produtores rurais e a ineficácia de audiências públicas
realizadas para debater o tema.
Naldo relembrou a audiência pública ocorrida em 23 de
junho deste ano, que contou com a presença de representantes da empresa.
“Disseram que fariam investimentos de milhões aqui na cidade”, pontuou o
vereador. No entanto, segundo ele, os problemas persistem, especialmente no que
se refere à falta de manutenção das redes elétricas e da vegetação ao redor.
“O maior problema é a falta de manutenção. A Energisa
não tem equipe para atender o setor rural”, afirmou. Ele destacou que muitas
árvores estão crescendo sob as redes de energia, e qualquer vento leve projeta
os galhos sobre a rede provocando a desativação da chave, interrompendo o
fornecimento. “Na quarta-feira passada, acabou a energia geral, tanto na zona
rural quanto na cidade. No setor do zoológico, uma árvore caiu em cima da
fiação. O setor da Pista do Cabeça ficou 24 horas sem energia”, relatou.
               A situação tem causado sérios
prejuízos, especialmente aos produtores de leite da região da Jacamim “Eles
diziam: ‘Entra em contato com o pessoal da Energisa’. Quem tira leite com
ordenha sabe: depois que começa a usar ordenhadeira, a vaca não aceita mais a
ordenha manual”, explicou Naldo. Com a energia interrompida, o leite começou a
estragar nos resfriadores e alguns produtores tiveram que buscar gelo para
evitar maiores perdas. “O prejuízo para o produtor rural é enorme. O tirador de
leite não tem descanso: sábado, domingo, feriado, faça sol ou chuva.”
Além disso, o vereador demonstrou desânimo com os
encaminhamentos via canais oficiais, como o Procon e a Justiça. “Nem sempre se
recebe o prejuízo de volta. Queimam geladeiras, TVs, eletrodomésticos. Quando a
energia volta, vem com tanta força que queima tudo.” Segundo ele, os pequenos
produtores são os que mais sofrem: “O pouco que têm, quando perdem, o prejuízo
é imenso.”
Sobre as tentativas de resolução por meio de
audiências públicas e órgãos fiscalizadores, o vereador foi categórico ao
afirmar que não vê resultados. “Foi citado aqui também o órgão fiscalizador, a
AGER, mas, sinceramente, não resolve. Me desculpem, mas até agora, esse órgão
não teve efeito.” Ele ainda criticou o formato das audiências: “Eles deveriam
prestar contas e vir fazer reunião com o povo, escutar a população. Só que nem
sempre deixam o povo falar. Alguns têm a fala, mas é só para constar.”
Naldo também comparou a atual gestão da Energisa com
empresas anteriores, afirmando que, apesar das críticas no passado, a situação
agora está pior. “Ao invés de aumentar as equipes de manutenção, eles
diminuíram.”
Para ele, os moradores da zona rural seguem
desassistidos e desamparados. “A gente ligava no 0800 e eles diziam: ‘Consta
aqui que a sua região está sem energia’, mas só isso. Não resolvem nada.”
O vereador finalizou reforçando a necessidade de ações
concretas e urgentes para atender as demandas da zona rural de Alta Floresta.
Segundo ele, os problemas persistem, os prejuízos aumentam, e a paciência da
população está se esgotando.
 
                     
                     
                     
                     
                     
                     
                     
                     
                
                 
                     
                     
                     
                     
                     
                     
                     
                     
                     
                     
                     
                     
                         
                        