O Brasil começou em grande estilo sua participação no
Mundial de Atletismo Paralímpico 2025, em Nova Delhi, na Índia. No primeiro dia
de competições, no sábado (27), a delegação brasileira subiu ao pódio quatro
vezes, com dois ouros e duas pratas, reforçando sua força no cenário
paralímpico mundial.
Os destaques ficaram por conta de Petrúcio Ferreira e
Beth Gomes, que escreveram mais um capítulo vitorioso em suas já brilhantes
carreiras. Petrúcio conquistou o pentacampeonato mundial nos 100 metros T47
(categoria para atletas com deficiência nos membros superiores), enquanto Beth
garantiu seu quarto título no lançamento de disco F53 (atletas cadeirantes).
Na prova dos 100 metros T47, Petrúcio precisou de toda
sua experiência para garantir o lugar mais alto do pódio. O paraibano venceu
com o tempo de 10s66, apenas dois centésimos à frente do chinês Shi Kangjun,
que ficou com a prata. O marroquino Ayamane El Haddaoui levou o bronze, com
apenas quatro centésimos de diferença em relação ao vencedor.
O equilíbrio da disputa foi tanto que o também
brasileiro Thomaz Ruan terminou em quarto lugar, apenas 0s16 atrás de Petrúcio,
fora do pódio por uma margem mínima.
“Foi uma prova duríssima. Estou muito feliz por
conquistar esse pentacampeonato. Cada título tem sua história e esse, com
certeza, foi um dos mais difíceis”, declarou Petrúcio após a final.
Se a prova de Petrúcio foi marcada pelo equilíbrio, o
título de Beth Gomes veio com sobras. A paulista venceu com um lançamento de
17,35 metros — mais de três metros à frente da ucraniana Zoia Ovsill, segunda
colocada com 14,16m. Elena Gorlova, que competiu como atleta neutra, completou
o pódio com 13,10m.
Com o tetracampeonato mundial, Beth reforça sua
posição como uma das maiores referências do paratletismo brasileiro. “Trabalhei
muito para chegar aqui bem. Estou feliz por representar o Brasil no mais alto
nível mais uma vez”, disse a atleta.
Além dos ouros, o Brasil também brilhou com duas
pratas. Yeltsin Jacques ficou em segundo lugar nos 5.000 metros T11
(deficiência visual), enquanto Vinícius Cabral garantiu a prata nos 100 metros
da classe T71, destinada a atletas com paralisia cerebral que competem com
suporte.
O Mundial de Atletismo Paralímpico segue até o dia 5
de outubro, com a expectativa de que a delegação brasileira continue ampliando
sua coleção de medalhas.
Quadro
de medalhas (parcial – 1º dia):
Ouro:
Petrúcio Ferreira (100m T47), Beth Gomes (lançamento de disco F53)
Prata:
Yeltsin Jacques (5.000m T11), Vinícius Cabral (100m T71)
A competição é organizada pelo Comitê Paralímpico Internacional e reúne mais de 1.300 atletas de mais de 100 países.
Com informações da Agência Brasil