A Prefeitura de Paranaíta, por meio da Secretaria
Municipal de Saúde, está promovendo mais uma edição da campanha de vacinação
"Protege Paranaíta", que une saúde pública e incentivo à participação
da comunidade por meio de uma ação promocional com sorteio de prêmios. Em
entrevista exclusiva ao site Notícia em Foco, a secretária de Saúde, Andreia
Fabian Reis, explicou os objetivos, funcionamento e resultados da campanha, que
já se tornou uma marca no município.
A ideia de associar a vacinação a um sistema de
prêmios surgiu em 2022, quando foi instituído o programa Protege Paranaíta,
criado por lei municipal com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal em todas
as faixas etárias. Segundo Andreia, a iniciativa nasceu após o município ser
premiado por dois anos consecutivos pelo programa estadual MT Mais Imuniza, por
ter atingido excelentes índices de vacinação.
“O programa visa garantir uma imunidade de rebanho à
população. E como a população é a responsável por esse sucesso, nada mais justo
que devolver parte dos prêmios conquistados àqueles que colaboram com a saúde
coletiva”, destacou a secretária.
Desde então, a campanha é realizada anualmente, sempre
com uma proposta de premiação diferente. Neste ano, a ação terá um "show
de prêmios" no mês de dezembro, com sorteio de 10 bicicletas e valores em
dinheiro, entre outros brindes.
Para participar da promoção, o
cidadão precisa estar com a carteira de vacinação atualizada, de acordo com sua
faixa etária. Quem estiver com alguma vacina em atraso, pode se imunizar e,
assim, garantir sua participação.
A cada carteira de vacinação atualizada, é entregue
uma cartela personalizada. A campanha é válida para todos os membros da família
— cada pessoa com vacinação em dia tem direito a uma cartela.
“Se uma família tem cinco pessoas, por exemplo, cada
uma pode receber sua cartela, desde que esteja com todas as vacinas em dia”,
explicou Andreia.
Embora o programa contemple todas as faixas etárias —
de crianças a idosos —, o foco principal é a vacinação infantil, historicamente
mais vulnerável em momentos de baixa adesão às campanhas nacionais. Ainda
assim, a ação busca engajar toda a comunidade, promovendo atualização de
carteiras vacinais em massa.
“Nosso foco maior são as crianças, mas o Protege
Paranaíta abrange todas as idades. Queremos atingir altas coberturas vacinais
em todos os públicos”, reforçou a secretária.
Paranaíta tem apresentado resultados positivos na
vacinação de rotina. Segundo Andreia, as coberturas vacinais do município estão
acima da média estadual, mas ainda abaixo do ideal preconizado pelo Ministério
da Saúde.
A maior resistência observada pela Secretaria é em
relação à vacina contra a COVID-19, tanto em crianças quanto em idosos. A
vacina da Influenza também enfrenta alguma rejeição nesse grupo.
“A desinformação ainda é um obstáculo. Muita gente
pergunta se precisa tomar a vacina da COVID para receber a cartela. E a resposta
é sim: se está indicada para a sua idade, ela precisa estar em dia. Caso
contrário, o esquema vacinal não está completo”, alertou.
A campanha segue ativa em todos os cinco PSFs do
município — quatro na área urbana e um na zona rural — até meados de dezembro,
quando será realizado o show de prêmios. A previsão é que o sorteio ocorra
entre os dias 10 e 20 de dezembro.
Os cidadãos podem procurar seu PSF de referência,
levando a carteira de vacinação para avaliação e possível atualização.
“A pessoa que estiver com a vacina em dia já recebe
sua cartela na hora. Quem estiver com alguma pendência, pode se vacinar e
participar da promoção normalmente”, explicou Andreia.
A campanha não se limita à sede urbana. No próximo dia
1º de novembro, o PSF Rural, no assentamento São Pedro, receberá uma ação
festiva com foco na vacinação da comunidade local. O evento terá clima de
celebração e a presença simbólica do Zé Gotinha, como aconteceu recentemente na
cidade.
A resposta da população tem sido bastante positiva,
segundo a secretária. Só na última ação, foram mais de 300 carteiras de
vacinação analisadas, com destaque para o bom estado das carteiras infantis e
dos idosos.
“Ver a maioria das carteiras atualizadas nos deixa
muito felizes. A população está entendendo que a vacinação é um ato de proteção
coletiva. A ciência já eliminou doenças graves no Brasil, como a poliomielite e
o sarampo — e é nela que devemos continuar confiando”, finalizou.