Na terça-feira (14), o Brasil celebrou o Dia Nacional
da Pecuária, setor essencial para o destaque do agronegócio brasileiro tanto no
cenário nacional quanto internacional. Impulsionada pela produtividade,
qualidade e comprometimento dos produtores, a pecuária tem também adotado
práticas cada vez mais sustentáveis, contribuindo para a redução dos impactos
ambientais e garantindo um crescimento mais responsável.
Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos
Fávaro, a pecuária é um dos pilares do agronegócio nacional. “A pecuária
brasileira é um pilar do agronegócio e se destaca mundialmente pela
produtividade e qualidade. Nosso compromisso é fortalecer práticas
sustentáveis, promover o bem-estar animal e reduzir o impacto ambiental,
garantindo que o crescimento do setor seja sólido, responsável e reconhecido
internacionalmente”, afirmou.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vem
atuando de forma estratégica para fortalecer o setor, promovendo programas
sanitários reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), com
foco no bem-estar animal — elemento fundamental para o desenvolvimento da
pecuária. Além disso, o Mapa incentiva o uso de sistemas integrados que, além
de contribuir para a saúde do solo e o bem-estar animal, possuem grande
capacidade de sequestro de carbono. O ministério também trabalha para ampliar
as exportações do setor.
A produção brasileira de carne bovina atingiu um
recorde histórico em 2024, com mais de 11 milhões de toneladas em equivalente
carcaça, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O
desempenho foi impulsionado pelo aumento do abate. Já no segundo trimestre de
2025, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram
que o abate de bovinos cresceu 3,9%, totalizando 10,46 milhões de cabeças.
Mesmo diante dos desafios enfrentados em 2024, como o
surto de influenza aviária registrado em maio, a produção de carne de frango
também apresentou bons resultados. De acordo com o IBGE, o abate cresceu 1,1%
em relação ao mesmo período do ano anterior, representando a melhor série
histórica para um segundo trimestre.
No segmento de suínos, o crescimento tem sido
contínuo. A expectativa da Conab é de que a produção de carne suína avance 3,6%
até 2026, impulsionada tanto pelo aumento nas exportações quanto pela expansão do
mercado interno.
Para garantir que esse crescimento ocorra de forma
sustentável, o Mapa implementou o Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono
na Agricultura (Plano ABC+). A iniciativa lista diversas tecnologias que aliam
produção agropecuária e equilíbrio ambiental. Na pecuária, o foco está na
recuperação de pastagens, uso de biodigestores e terminação intensiva — prática
que prevê o abate de animais com menos de 24 meses. A meta é alcançar 5 milhões
de animais abatidos nessa faixa etária, o que contribuirá para a redução da
pegada de carbono da pecuária nacional, por meio da maior eficiência dos
sistemas produtivos.
Combinando ações de fomento, sustentabilidade e defesa
agropecuária, o Brasil mantém sua posição de maior exportador de carnes do mundo.
Em 2024, o setor exportou mais de US$ 26,1 bilhões. Até setembro de 2025, as
exportações já somam US$ 22,5 bilhões.
Dados da balança comercial do Mapa revelam ainda um
crescimento expressivo nas exportações de carne bovina in natura, com alta de
55%, totalizando US$ 1,77 bilhão. Já a carne suína in natura alcançou a marca
histórica de US$ 346,1 milhões, representando um aumento de 28,6%.
A combinação entre crescimento econômico,
sustentabilidade e bem-estar animal confirma a força e a responsabilidade da
pecuária brasileira no cenário global.