
Durante pronunciamento na sessão ordinária da Câmara
Municipal de Alta Floresta, realizada na segunda-feira (8), o vereador Naldo da
Pista (Republicanos) falou sobre duas questões sensíveis na área da saúde: o
atendimento a pacientes transferidos para o Hospital Regional de Sorriso e a
dificuldade de acesso às informações por parte dos parlamentares municipais.
O vereador iniciou sua fala relatando um caso que
considerou grave e inaceitável. Segundo ele, uma mãe que havia passado por
parto normal na sexta-feira (5) precisou, no sábado (6), transferir o
recém-nascido para o Hospital Regional de Sorriso, em busca de atendimento
especializado. A transferência ocorreu à meia-noite, e, ao chegar na unidade
hospitalar, a mulher foi surpreendida por uma orientação da equipe de
enfermagem: ela não poderia permanecer no hospital como acompanhante da
criança.
“Ela havia dado à luz há menos de 24 horas. Chegou de
madrugada, em uma cidade que não conhecia, e foi informada que não poderia
ficar com o filho. Isso é desumano”, afirmou Naldo. Segundo ele, não havia
assistente social disponível no hospital de Sorriso para prestar apoio à
paciente, e tampouco houve qualquer orientação ou acompanhamento da assistência
social no momento da saída do Hospital Regional de Alta Floresta.
Sem ter para onde ir, a mãe contou com a ajuda de
amigos e do marido, que percorreu a cidade em busca de um local para
acomodá-la. Apenas entre 2h20 e 3h da manhã foi possível encontrar um hotel
onde ela pudesse passar o restante da noite.
“Esse tipo de situação não pode acontecer. O hospital
regional precisa garantir apoio e repassar as informações necessárias no
momento da transferência. É preciso sensibilidade, especialmente em casos como
esse”, cobrou o vereador. Ele afirmou que está encaminhando uma solicitação à
coordenadoria do hospital regional para que providências sejam tomadas e
situações semelhantes não voltem a se repetir.